Dicas para um roteiro de 7 dias na Jordânia

25 de Setembro de 2019

Que grata surpresa foi a Jordânia! O nosso guia, o Ahmed, falou bem sobre o quanto a Jordânia ainda fica em segundo plano na vida dos turistas. Normalmente, as pessoas têm ambições de conhecer o Egito ou Israel, por exemplo, e, por conta da proximidade do pequeno país, acabam por incluí-lo no roteiro. Pois bem, deveria ser a situação contrária, diz ele. E, não conheço ainda Israel, mas, posso dizer, que, no caso do casamento com Egito, sim, a Jordânia me fez mais feliz. Esta foi a segunda parada do roteiro 2019 do Gurias a Bordo, parceria da Agência Diário de Bordo com o Ida e Volta para levar mulheres para onde elas quiserem, e trago algumas dicas que podem ser úteis.

O que vestir: a Jordânia é um país predominantemente muçulmano, então, a dica de usar saias ou calças soltas com comprimento abaixo do joelho e camisetas que cubram os ombros, ainda vale, mas é menos rígida. No entanto, como costumo sempre apontar, em sinal de respeito e compaixão às mulheres locais é bom não exagerar. No verão, faz muito calor ao longo do dia e é mais fresquinho à noite, então, um casaquinho vai bem. Ah, sapatos confortáveis para caminhar nas pedras e passar por muita areia também são obrigatórios. Chapéu e óculos escuros nem preciso ressaltar, né?

Deserto de Wadi Rum: a ideia aqui é fazer um passeio de jeep, estilo safári, bem legal por um dos desertos mais lindos do mundo — é possível observar a maneira tradicional em que vivem os beduínos, camelos selvagens e alguns dos cenários de filmes conhecidos como Perdido em Marte e Aladin live action. Uma boa opção também é se hospedar nas "bubbles" no deserto, verdadeiras bolhas instaladas entre as montanhas, onde é possível curtir o estilo de vida local. Se não tiver a opção de hospedagem, ao menos, almoce em Suncity, que já dá o clima da "bubble".

Petra: Basta dizer que é uma das sete maravilhas do mundo moderno para entender um pouco da beleza da Cidade Rosada, como é conhecida a região mais turística da Jordânia. Petra foi esculpida na rocha pelos nabateus, povo local, e a ideia é percorrê-la a pé, curtindo as falésias e formações rochosas. De novo, um alerta aqui: o transporte pode ser feito a cavalo, em carroças ou montado em burros, mas sabendo da exploração dos animais no turismo, não é legal — dá para fazer bem caminhando, é só se programar para chegar cedinho, caprichar no protetor solar, no chapéu e nos óculos escuros e usar roupa e calçado confortável. O Tesouro, como é chamado o templo instalado no meio da cidadela é impressionante e fica radiante à luz solar. Outra diquinha aqui: há quem goste de escalar as montanhas para garantir o melhor clique, mas não é recomendado — além da falta de segurança, os
beduínos vão cobrar por guiar e ceder o espaço.

==> Marriot Petra: ficamos neste hotel, que fica a uns 10 minutos de carro do Tesouro, mas valeu a pena pela vista incrível para o vale e a noite típica montada em uma tenda beduína, com direito a shisha, carne assada enterrada no chão e música tradicional.

==> Petra By Night: uma das experiências mais incríveis que já tive! Organize-se para fazer o mesmo trajeto percorrido ao dia iluminado por velas à noite. A paz, a luz e a imagem ficarão para sempre na minha memória. O show não é empolgante, confesso, mas a programação vale pela caminhada.

Madaba e Monte Nebo: para quem é religioso, não há como ir à Jordânia e não incluir na programação algum roteiro voltado aos passos de Moisés. O país já é o quinto mais visitado do mundo e, muito, por conta dos peregrinos e das excursões religiosas. Entre as nossas atividades, incluímos a parada na Igreja Ortodoxa de São Jorge, com o mapa cristão trabalhado em mosaico mais antigo do mundo. Esta é uma das cidades mais preparadas para receber a turistada e uma ótima opção também para comprinhas e para provar um shwarma ou um kebab, pratos bem típicos — e deliciosos — da região. Ah, um suco de romã espremido na hora também vai bem! Sobre Monte Nebo: uma das vistas mais incríveis da Jordânia. Lá de cima, é possível observar o Mar Morto, Israel, a Terra Prometida e o exato lugar em que Moisés bateu seu cajado. De arrepiar qualquer um.

Mar Morto: Dica de tratamento rápido no Mar Morto -> entre por 10 minutos, saia e coloque a lama do mar, mantenha-la no corpo por 15 minutos e retorne para o mar para retirá-la. De verdade, a pele fica muito macia (mas se os tratamentos de fato funcionam, já não sei afirmar). E mesmo que você não queira se lambuzar, não deixe de boiar no Mar Morto e ter aquela sensação única da água hipersalina te jogando às alturas.

==> Kempinski Ishtar: quer aproveitar o final da viagem para relaxar? Que tal uns dias no melhor spa do Oriente Médio e com vista para o Mar Morto? Passamos um final de semana no Kempinski Ishtar Hotel e gozamos do bom e do melhor com os tratamentos de sal, além de ter um pedacinho do Dead Sea só para nós, o que é um privilégio e uma boa maneira de experimentar a água salgada.

Enjoy it!

*A jornalista viajou a Petra a convite da Agência Diário de Bordo.

 

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